Os desafios do trabalho remoto já não são mais novidade para o RH. Porém, estas modalidades têm se intensificado a cada ano.

Para Rogerio Leme, diretor de tecnologia da ABRH, é um caminho que não tem volta e o RH precisa estar preparado.

“Sendo uma característica da nova geração de colaboradores, não podemos nadar contra a maré.” O papel do RH é entender o perfil necessário do colaborador e da organização. Além disso, o RH precisa atuar como um agente de mudança e da cultura, buscando quais são as tecnologias que poderão orientar e monitorar estes modelos de trabalho, explica Leme.

Geração Y, flexibilidade e ambiente corporativo.

Para a diretora da ABRH Digital, Eliane Aere, o trabalho flexível é necessário em diversas ocasiões e ainda ajuda as empresas a economizarem recursos como tempo e dinheiro. Por isso, é importante que o RH entenda os desafios do trabalho remoto.

Porém, esses modelos exigem que as empresas criem rituais e novas formas de realizar trocas efetivas entre os colegas, fóruns virtuais, ou se encontrar uma vez por semana, por exemplo.

“As pessoas têm vontade de dividir experiências e vontade de estarem juntas. Por outro lado, o movimento de teletrabalho já é antigo, e a legislação trabalhista está definitivamente acompanhando esse processo, e dando mais segurança jurídica para os empresários”, destaca Aere.

Segundo Leme, o sucesso do trabalho remoto está relacionado diretamente com a mensuração da entrega efetiva e o resultado do trabalho das pessoas, pois sem essa premissa não há como estruturar um teletrabalho.

A questão da distância: como contornar esse desafio no trabalho remoto?

O trabalho remoto não pode ser algo solitário. Sem dúvidas, o grande desafio da área de gestão de pessoas é integrar equipes que estejam em lugares totalmente distantes em um único objetivo, de maneira alinhada e integrada.

“Apoiar a área da empresa que decidir fazer isso, encontrar metodologias de acompanhamento, promover capacitação e desenvolvimento das pessoas. Essas ações não podem ser realizadas só de maneira tradicional em uma sala de aula. Agora, é preciso evoluir para as trilhas de aprendizagem e capacitação e, assim, fazer a gestão dessa forma de trabalho”, analisa Leme.

O RH sempre foi uma área vital dentro das companhias, diz Aere. Hoje, atrair, reter e desenvolver as pessoas já é desafiador. Então, daqui a cinco anos, será muito mais desafiador com toda essa revolução digital e trabalhista que estamos vivendo.

“Nós, da ABRH, temos refletido e pesquisado muito sobre este cenário. A gestão de pessoas é essencial para a organização. Afinal, o sucesso de qualquer empresa vai sempre depender das suas pessoas, por mais que a tecnologia e a automação evoluam”, completa Aere.