Microlearning é um formato de ensino que possibilita a absorção de conhecimentos em pequenas doses durante um curto espaço de tempo, de dois a cinco minutos. Nanolearning, por outro lado, é uma concentração ainda mais intensa, focando em conteúdos de até dois minutos.
É possível dizer que o nanolearning pode fazer parte do microlearning, ou seja, pode compor este conjunto mais macro de conteúdos curtos. Essas metodologias vêm se popularizando cada vez mais no universo corporativo como forma de investir na experiência do colaborador por meio da capacitação e desenvolvimento dos talentos.
Assim, tomam o lugar de treinamentos tradicionais e extensos, mostrando que não necessariamente um conteúdo curto é um conteúdo raso ou ineficaz. Afinal, é um formato muito mais prático de ser consumido e que, por sua agilidade na transmissão de informações, engaja as equipes de forma mais efetiva.
Continue a leitura e entenda mais sobre o que são, quais as diferenças e semelhanças entre os conceitos e como aplicá-los na sua organização.
O que é microlearning
Microlearning é um termo que vem do inglês e significa micro aprendizagem. Ou seja, foca na elaboração de conteúdos informativos e educacionais curtos e de consumo rápido. A metodologia tem como premissa básica tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico e prazeroso, funcionando como um contraponto ao ensino tradicional.
Um dos conceitos utilizados no microlearning é o de pílulas ou cápsulas de conhecimento que são, então, esses pequenos materiais educacionais. Essas pílulas são planejadas para serem autônomas, tendo começo, meio e fim em si próprias, mas ainda assim poderem fazer sentido quando agrupadas.
Assim, o colaborador ou aluno pode ser protagonista do seu processo de aprendizagem e montar a sua jornada de conteúdos de acordo com aquilo que fizer mais sentido. A ideia do microlearning é que seja mais fácil aprender, e que não haja tantas barreiras nesse processo.
De modo geral, os conteúdos educacionais em formato de microlearning são construídos com linguagem simples, narrativa objetiva e recursos multimídia interativos para estimular o engajamento. O formato mais comum é por meio de vídeos, telas narradas ou áudios.
O que é nanolearning
A pandemia de Covid-19 teve um grande impacto no impulsionamento dessas metodologias de aprendizagem rápida. Afinal, as pessoas começaram a pensar que o tempo era curto, que não se sabia o dia de amanhã, e também a concentrar muito mais atividades em cada dia para ter a sensação de produtividade.
Além disso, pesquisas mostram que a capacidade de concentração plena das pessoas fica entre três e cinco minutos, e com o impacto das redes sociais, cai para oito segundos. Por isso é que treinamentos longos não estão mais em cogitação quando se fala em realmente prender a atenção e gerar engajamento.
Sendo assim, o nanolearning é uma redução ainda maior das ditas pílulas. O formato surge da necessidade cada vez maior de aproveitar o tempo de forma mais efetiva. Especialmente no mercado de trabalho, as pessoas estão sempre correndo para atender aos compromissos, sempre atrasadas para a próxima reunião.
Um treinamento corporativo composto por pequenos vídeos de até dois minutos, fica muito mais fácil encaixar nessa rotina. No entanto, vale ressaltar que este formato não se sustenta de forma exclusiva, e sim costuma ser utilizado como um reforço ou complemento. É fundamental que seja construída uma jornada de aprendizagem onde este formato faça sentido.
Diferenças entre microlearning e nanolearning
Conforme já vimos ao longo deste artigo, é possível notar que microlearning e nanolearning possuem diversas semelhanças entre si. No entanto, suas diferenças são fundamentais para que ambos os formatos tenham sua relevância e espaço no mercado educacional.
Os dois têm como finalidade fornecer uma experiência de aprendizagem fácil, simples e rápida, buscando oportunizar também o aprendizado em movimento. Além disso, por serem muito parecidos, ambos são formatos democráticos e acessíveis, que podem ser facilmente disponibilizados na internet, por exemplo, e que colocam os alunos no controle.
Já quanto às diferenças, o principal destaque que trazemos para você memorizar é que enquanto um método pode ser utilizado como módulos de aprendizagem autônomos de ensino formal (microlearning), o outro tem como premissa o ensino informal (nanolearning). Além disso, o nanolearning pode estar incluído no microlearning, sendo uma parte componente dele, mas o contrário não é verdadeiro.
Como funciona
Focando agora um pouco mais no microlearning, vamos falar sobre como funciona a metodologia. Existem profissionais especializados em educação corporativa que costumam ser os responsáveis pela concepção dos conteúdos de microlearning.
No entanto, se você não conta com esses profissionais na sua equipe, esses materiais podem ser criados por qualquer pessoa que compreenda a teoria por trás e que domine técnicas de redação e narrativa.
Isso porque será preciso realizar um planejamento dos conteúdos pensando no objetivo daquele treinamento e nas necessidades dos alunos ou colaboradores. Normalmente, para elaborar um conteúdo em formato de microlearning, os especialistas selecionam um tema amplo e o dividem em pequenas seções independentes, mas que compõem um conjunto no todo.
Qual a importância e objetivo do microlearning e nanolearning
O objetivo do microlearning e também do nanolearning é possibilitar uma experiência de aprendizagem mais flexível, ágil e protagonizada pelo aluno ou colaborador. Para isso, os profissionais que elaboram esses conteúdos buscam sempre transformar temas complexos em abordagens objetivas e entregues em pequenas doses.
Assim, a assimilação fica mais fácil e criam-se menos barreiras no processo de aprendizagem. Imagine que você tem uma equipe para treinar em um determinado assunto e sugere que eles assistam aulas de uma hora cada para, no final, fazerem uma prova.
Agora, pense se este mesmo conteúdo fosse quebrado em múltiplas pílulas de até cinco minutos, selecionando apenas os pontos realmente mais importantes a serem captados e tornando o conteúdo mais eficiente. Não parece mais amigável? A sensação de conclusão de mais aulas ativa regiões do cérebro que geram estímulo para continuar.
Você se sente mais realizado quando executa uma tarefa muito extensa e complexa, ou com pequenas conquistas ao longo do dia? Com que frequência conseguimos concluir tarefas grandes? E atividades menores? A sensação do microlearning e nanolearning é justamente esta, de realização e satisfação ao concluir pequenos módulos e sentir que se está avançando.
Também pode-se dizer, então, que esse formato tem como objetivo colocar os holofotes sobre o aluno. Afinal, os conteúdos são pensados para proporcionar uma melhor experiência no processo de aprendizagem. A pessoa seleciona somente os tópicos que fazem mais sentido para a sua função ou para o seu momento de carreira.
Vantagens e benefícios do microlearning e nanolearning
Já falamos aqui sobre algumas das vantagens e benefícios do microlearning e nanolearning para o dia a dia das empresas, mas agora vamos nos aprofundar. As principais podemos considerar que são o aprimoramento dos treinamentos corporativos e a melhoria do engajamento.
As empresas possuem inúmeros motivos para implementar essas metodologias, pois elas oferecem ganhos mútuos, para empresa e colaborador:
- Aprendizagem de informações importantes para o trabalho;
- Atualização profissional;
- Equipes mais preparadas;
- Melhores resultados para a empresa;
- Desenvolvimento de uma ferramenta eficiente.
Já para o RH e demais equipes responsáveis pela produção desse tipo de conteúdo, ou seja, os times de treinamento e desenvolvimento, também é possível elencar uma série de vantagens. Confira:
- Praticidade na produção dos materiais;
- Otimização de tempo;
- Facilidade de manutenção dos conteúdos;
- Personalização da experiência de aprendizagem;
- Aumento do engajamento das equipes com os treinamentos.
Quando utilizar e como aplicar nas empresas
Existem algumas diferentes circunstâncias principais em que o microlearning ou nanolearning podem ser utilizados nas empresas, seja na aprendizagem formal ou informal. São elas:
- Conteúdos de contextualização;
- Conteúdos de conexão;
- Repositório de informações;
- Séries de conteúdos;
- Conteúdos complementares;
- E conteúdos de correção.
Ou seja, é possível aplicar a metodologia quando a sua equipe apresentar uma dessas necessidades de desenvolvimento. Para isso, é preciso desenvolver um planejamento e uma estratégia para a aplicação do microlearning.
A primeira etapa deve ser, então, efetivamente realizar o planejamento, entendendo as necessidades atuais da equipe e verificando caminhos possíveis para endereçá-las. Depois, é preciso escolher os recursos e linguagens que serão utilizados neste processo como meios de aprendizagem.
Na sequência, é hora de segmentar os temas em partes menores e desenvolver os conteúdos propriamente ditos, além de criar as avaliações de conhecimento para essa verificação no final da jornada. Aqui, lembre-se de que você pode abusar da variedade de formatos, envolvendo vídeos, textos, imagens, infográficos, podcasts e tudo mais que fizer sentido com o assunto e com as necessidades mapeadas.
É muito importante sinalizar aqui que o uso de gamificação é sempre bem-vindo quando se fala em melhorar experiência e engajamento. Portanto, nas metodologias de microlearning e nanolearning não é diferente.
Mobile learning
Para criar uma estratégia de T&D efetiva com microlearning na sua empresa, será fundamental aliar essa metodologia ao mobile learning. Este segundo conceito nada mais é do que a experiência de conteúdo educacional pensada para smartphones e dispositivos móveis.
Afinal, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil conta com mais de 155 milhões de pessoas utilizando celulares. Não existe mais a possibilidade de trabalhar com qualquer tipo de conteúdo no país sem pensar nesse formato. E o microlearning no mobile learning representa o auge deste movimento.
Conteúdos curtos, objetivos e focados na necessidade do colaborador ou aluno, e disponíveis na palma da mão. Essa é a grande tendência para empresas que desejam investir em educação corporativa de uma forma estratégica. A experiência fica muito mais confortável e próxima do que as pessoas já vivenciam no dia a dia, checando seus celulares diversas vezes ao longo da rotina.
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