Horas extras, acúmulo de funções, atraso no pagamento de verbas rescisórias, e assédio moral são apenas alguns exemplos de situações que podem motivar ações trabalhistas em supermercados. O objetivo das ações trabalhistas é – ou deveria ser – exigir que a empresa cumpra o acordado com o colaborador e evitar abusos em uma relação de trabalho.
Acontece que o uso da má fé é possível nesse tipo de processo, e acaba por prejudicar as empresas. Ter conhecimento sobre as situações que podem levar o supermercado a sofrer ações trabalhistas é o melhor caminho para evitá-las. Veja as orientações a seguir.
5 formas de evitar ações trabalhistas contra supermercados
1. Controle as horas extras
As horas extras estão entre as principais causas de ações trabalhistas contra as empresas de diferentes segmentos. Seja porque não foram devidamente pagas, ou porque foram realizadas contra a vontade do colaborador. Há também casos em que a empresa não solicitou ou autorizou a hora extra e o profissional foi cobrar o débito na justiça.
Primeiramente, a empresa deve ter uma política bem clara sobre a prática de horas extras. Essa informação deve ser passada para todo novo colaborador ou sempre que sofrer alguma alteração.
Evite surpresas! Saiba exatamente quais são os profissionais que fizeram ou fazem hora extra, tenha controle sobre os pagamentos adicionais sobre as horas e faça uma gestão efetiva dos períodos adicionais.
2. Implemente o banco de horas
O banco de horas é uma solução para quem quer evitar despesas extras e facilitar a gestão do período que o colaborador passa (a mais ou a menos) em seu posto de trabalho.
As horas que o colaborador faz fora de sua jornada de trabalho são adicionadas ao banco e podem ser revertidas em folgas, dias complementares às férias ou antecipar o fim do expediente. Da mesma forma, se o profissional não cumpre sua jornada completa, o tempo pode ser descontado de seu banco.
Quando a hora extra é permitida, o colaborador também corre o risco de sofrer descontos em sua folha de pagamento, caso se atrase ou falte. O banco de horas pode minimizar esse problema.
Ao atrasar, o tempo será descontado do banco de horas. O mesmo pode ser feito com a falta, caso o gestor autorize. Mas preste atenção! O banco de horas tem um prazo para ser utilizado, caso contrário a empresa deve pagar por aquele acúmulo de horas.
Além disso, a adoção de um banco de horas deve ser autorizada por uma Convenção Coletiva de Trabalho.
3. Evite o acúmulo de funções
A jornada de trabalho dentro de um supermercado exige que os colaboradores executem uma série de atividades. Muitas vezes, a equipe contratada não é suficiente para manter o ambiente limpo, organizado, repor os alimentos e ainda atender os clientes durante todo o expediente.
Os custos para contratar e manter um colaborador são altíssimos e somado aos pontos anteriores, acaba levando um profissional a desempenhar diferentes funções. Principalmente quando outros colaboradores estão de folga.
Situações como essa devem ser evitadas, pois o acúmulo ou desvio de funções é passível de ações trabalhistas e podem gerar multas indenizatórias altíssimas. A solução para evitar maiores despesas está em ter um controle estratégico e rigoroso das escalas de trabalho das equipes ou ainda contar com a contratação de colaboradores intermitentes.
4. Mantenha uma relação de respeito com os colaboradores
Relações de trabalho cercadas por muito estresse e problemas com o cliente podem exaltar o ânimos dos profissionais. Porém, deve-se ter sempre o cuidado de tratar a todos com respeito. Principalmente na relação entre superiores e subordinados.
Os processos trabalhistas por danos ou assédio moral são motivadas em situações que o colaborador é exposto ao ridículo, vexame, humilhação, etc.
O supermercado deve criar iniciativas para orientar gestores e colaboradores sobre boas condutas no ambiente de trabalho e construir relações de confiança para que qualquer desentendimento seja resolvido de forma tranquila e profissional, assim evitando ações trabalhistas.
5. Cumpra com os direitos trabalhistas
Férias vencidas, falta de pagamento do FGTS, diferença de salário entre profissionais com o mesmo cargo, falta de equipamentos de segurança, entre outras questões relacionadas com os direito dos trabalhadores também podem resultar em ações trabalhistas para os supermercados.
Uma crise financeira na empresa ou o esquecimento não são argumentos para justificar o descumprimento com esses deveres. A empresa deve estar sempre em dia com o cumprimento de todos os direitos trabalhistas.
Conclusão: ações trabalhistas são evitáveis
Lidar com a regulamentação trabalhista exige a atenção com uma série de detalhes, ao mesmo tempo em que o bem-estar e a satisfação do colaborador também devem ser garantidos. Por esse motivo que existe o departamento de Recursos Humanos, responsável por cuidar de todos os pontos que envolvem a rotina do profissional dentro da empresa.
Não são todas as empresas, porém, que contam com profissionais dedicados a essas tarefas, o que acaba dificultando os processos e tornando as atividades mais complexas e difíceis de serem acompanhadas.
A tecnologia é uma aliada nesse sentido. Um sistema de controle de ponto, por exemplo, auxilia no registro e gestão de ponto, na redução de horas extras, acompanhamento do banco de horas, gestão das escalas de trabalho, das jornadas de colaboradores intermitentes e mais uma série de necessidades. Veja qual é o melhor sistema de ponto para sua empresa evitar processos trabalhistas.