Flexibilidade no trabalho: o que os colaboradores querem? Se tivessem mesmo que escolher, 43% dos profissionais preferiam ter flexibilidade, enquanto 10% preferiam aumento de salário. É o que diz uma pesquisa da Unify, empresa de software e serviços realizada em 2014. Quando questionados novamente alguns meses depois, o mesmo aconteceu novamente. Quando ofertados um aumento de salário de 20%, 36% dos profissionais ainda preferiam flexibilidade de horários e locação.
X, Y, Z. Há muito tempo essas letras deixaram o alfabeto para fazer parte do vocabulário de gestores de RH, representando as gerações que estão hoje no mercado de trabalho. E mais do que determinar uma época, essa nomenclatura agrupa características de cada geração.
Afinal, a Era Digital acelerou as mudanças de comportamento e isso, inevitavelmente, influencia a rotina dos negócios. Pois a forma como cada um vê o dia a dia profissional está sempre em transformação.
Atualmente, um dos assuntos mais relevantes é a flexibilidade no trabalho. Cada vez mais profissionais abrem mão de salários mais altos em nome de vagas que ofereçam qualidade de vida. E, além disso, que tenham afinidade com o seu conjunto de valores e propósito de vida.
Acompanhando essa tendência, muitas empresas têm optado por esse modelo para atrair e reter talentos. Entenda mais sobre a flexibilidade no trabalho, abaixo!
A flexibilidade no trabalho como prioridade para a Geração Y
Pesquisas indicam que a flexibilidade no trabalho é um dos itens mais importantes em se tratando do bem-estar dos profissionais.
A empresa Hays, líder mundial em recrutamento, divulgou uma pesquisa que demonstra a influência dessa característica. Principalmente para a geração Y, também conhecida como millennial. Segundo o estudo, a flexibilidade de horário (72%) e a possibilidade de se fazer home office (53%) estão diretamente ligadas a qualidade de vida.
No material, a Hays pondera que essas mudanças nos hábitos dos colaboradores farão com que os negócios necessitem reinventar a sua lógica interna. Isso porque os jovens buscam empresas e funções em conformidade com os próprios valores pessoais.
Um reflexo já pode ser observado na oferta de vagas home office. O número de empresas que oferecem posições nesse formato de mobilidade cresceu de 35% para 51% entre 2017 e 2018.
A pesquisa revelou ainda que 65% dos profissionais consideram a possibilidade de trocar de empresa em um ano. Embora o salário seja o principal motivo, a busca por benefícios como a flexibilidade de horários cresce entre as preferências. Estes já aparecem entre as 3 principais motivações ao aceitar um emprego para 59% dos entrevistados.
Retendo Geração Z e mulheres com flexibilidade no trabalho
Não são somente os millennials que veem a flexibilidade no trabalho como um atrativo no ambiente organizacional.
A geração Z, composta por quem nasceu entre 1992 e 2010, é completamente familiarizada com a tecnologia. Eles que estão chegando agora no mercado e serão maioria em poucos anos. Se caracterizam por serem pragmáticos, disruptivos, autênticos e comunicativos.
Assim, esses jovens trazem a sua própria forma de pensar para as relações profissionais, redefinindo os formatos de gestão. Eles veem a possibilidade de jornadas flexíveis como um ponto fundamental para a permanência no emprego, mais do que qualquer outra vantagem.
Essa afirmação foi feita por um estudo realizado pela empresa de recrutamento Talenses. Foram ouvidas quase 4 mil pessoas de áreas, níveis e idades diferentes sobre quais fatores são mais relevantes para a escolha de uma vaga de trabalho.
A pesquisa indicou ainda que o público feminino valoriza mais a flexibilidade no trabalho. Entre todos os entrevistados homens, apenas 57% consideram este benefício importante ao optar por um posto. Já 72% das mulheres entendem este como um fator indispensável.
Vantagens e desvantagens da flexibilidade no trabalho
A adoção da flexibilidade de horários pode oferecer uma série de benefícios para todos os envolvidos. Confira algumas vantagens e desvantagens que precisam ser transpostas:
Principais vantagens
- Reduz os custos com estrutura e eletricidade, por exemplo;
- Proporciona uma melhor administração da vida pessoal e profissional;
- Estabelece uma relação entre empregador e empregado baseada na confiança;
- Fortalece um ambiente de responsabilidade e comprometimento;
- Minimiza faltas e atrasos;
- Melhora o aproveitamento do tempo dos colaboradores, diminuindo horas extras;
- Aumenta a produtividade e otimiza o engajamento e a motivação.
Principais desvantagens
- É necessário fazer uma reorganização cultural da empresa;
- Pode haver dificuldades na gestão de pessoas;
- Diminuição do relacionamento entre os empregados;
- Nem todas as pessoas possuem perfil para esse formato de trabalho.
Flexibilizar ou não: eis a questão!
Optar ou não pela flexibilidade no trabalho é uma decisão particular de cada empresa. Ela deve pesar vários pontos, que vão desde a natureza do negócio até o perfil da equipe.
Quando se trata da retenção de talentos, é preciso um grande esforço para equilibrar todas as questões relacionadas à qualidade de vida dos colaboradores. Somente assim é possível impactar positivamente no rendimento da equipe e garantir bons resultados para a empresa.Você tem dúvidas sobre banco de horas? Tire todas elas nesse vídeo.