Ser líder e ser chefe são duas coisas totalmente diferentes. O primeiro é capaz de inspirar a equipe, preocupa-se com o bem-estar do time e atua no sentido de desenvolver os talentos. O segundo, cumpre as obrigações hierárquicas. Por isso, desenvolver liderança nas organizações é tão importante.

A nova dinâmica de mercado e a chegada de um perfil diferente de funcionário às empresas têm provocado transformações significativas nas relações de trabalho, elevando o conceito de liderança nas organizações a outro patamar.

Há várias pesquisas que comprovam a importância do líder. Um estudo da empresa de recrutamento Hays, por exemplo, mostrou que 53% dos entrevistados da geração Y querem um superior com perfil de mentor/coach. Já 44% responderam que a figura do líder é imprescindível para o bom andamento do trabalho. Enquanto isso, apenas 6% apontaram o delegador de trabalho como a definição ideal de chefe.

Qual o perfil da liderança nas organizações

O bom líder não faz apenas um bom gerenciamento de equipes. O conceito vai muito além disso. É alguém que traça objetivos e consegue influenciar pessoas, utilizando o que há de melhor em cada uma para alcançar um resultado em comum.

Há um pacote de características que indica perfis de profissionais perfeitos para esse papel. Entre elas estão a empatia, o respeito, a vontade de ensinar e de aprender e a facilidade de comunicação. Isso não significa que seja um processo estático e que o líder nasceu com essas competências. A liderança nas organizações pode – e deve – ser estimulada.

Para formar líderes, no entanto, é preciso uma mudança de comportamento e atitudes. Incentivar a troca de ideias e descentralizar os processos internos é o primeiro passo para atingir esse objetivo. O treinamento de gestores também é um ponto importante e auxilia no desenvolvimento de novas lideranças.

Os benefícios de adotar práticas como essas são inúmeros. O primeiro deles, sem dúvida, é a melhora do clima organizacional e o engajamento da equipe. Foi-se o tempo em que o funcionário sentia-se feliz apenas com uma boa remuneração. Hoje, outros fatores pesam nessa conta, como o bom relacionamento e a possibilidade de participar das decisões.

A figura do líder é essencial nesse percurso. Uma pesquisa do Instituto Gallup mostra que os gerentes são responsáveis por 70% da variação nos níveis de engajamento dos funcionários. Equipes motivadas produzem mais e consequentemente geram melhores resultados para as empresas.

A importância de empoderar o colaborador

Apesar de todos os avanços nas práticas de Recursos Humanos, um erro que algumas organizações cometem é achar que tanto o processo de planejamento quanto o decisório devem ser verticalizados. Nessa dinâmica, a direção ou o gestor chegam com soluções prontas, que devem ser executadas pelos subordinados.

Em uma empresa que preza a liderança positiva, isso não acontece, pois busca envolver o time no desenvolvimento de ações e soluções.  Por isso, desenvolver lideranças nas organizações passou a ser algo tão importante para o negócio. O funcionário precisa se sentir parte da empresa, saber que suas opiniões contam e que são levadas em consideração.

É o que chamamos de adonar-se do negócio; também conhecido popularmente de “dor de dono”. Um líder sabe como extrair o melhor de cada um. Conhece as competências dos colaboradores e delega funções adequadas a cada perfil. Por isso, desenvolver profissionais com essa característica é essencial para as organizações.  

O RH estratégico e a gestão descentralizada

Um passo importante para incentivar o espírito de liderança nas organizações é descentralizar a gestão de pessoas. Ou seja, distribuir tarefas tradicionalmente atribuídas ao RH (e que possam ser delegadas) às diferentes áreas da empresa. Para que o processo seja bem sucedido, a função do líder é primordial, pois deve atuar como  o responsável por acompanhar o desenvolvimento de cada colaborador, assim como os resultados do trabalho e as horas gastas em cada projeto.

Essa é uma ótima oportunidade para que o líder se sinta de fato responsável por sua equipe. Além disso, a prática gera confiança no relacionamento entre líderes e liderados. Como ganho adicional, o RH assume uma postura estratégica, pensando em políticas capazes de contratar e desenvolver os colaboradores de acordo com os objetivos e cultura da organização.

Como esse processo funciona na sua empresa? A liderança entre as equipes é estimulada? Compartilhe conosco sua experiência.

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